Vereador Leandro Sartori acompanha reivindicações da população e dos trabalhadores da coleta de lixo

No último mês, desde o rompimento de contrato entre a Cleanmax e a prefeitura, a população tem denunciado o acúmulo de lixo nas ruas e a imprevisibilidade dos dias de coleta. Por outro lado, os trabalhadores denunciam a falta de pagamento por parte da Cleanmax e as más condições de trabalho proporcionadas pela ESN – empresa que assumiu recentemente o serviço. 

Na última semana, o vereador Leandro Sartori (PSOL) acompanhou a fiscalização do Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana) na empresa ESN. Na ocasião, os trabalhadores denunciaram que, naquele momento, vários deles estavam trabalhando sem registro; sem pagamento pelo tempo trabalhado na Cleanmax, empresa responsável pelo serviço anteriormente; sem alguns equipamentos de segurança; e com caminhões em péssimo estado – jogando chorume nas vias e sem sinalizações de ré e de emergência –, colocando em risco a vida dos coletores e da população.

Na quinta-feira (2), os trabalhadores, com o respaldo do Sindicato, paralisaram o serviço de coleta em reivindicação a esses direitos. Em resposta, a ESN enviou um dos caminhões ao conserto e registrou 70% dos funcionários naquele mesmo dia. Na sexta-feira, havia apenas um caminhão em condições de circular para a realização da coleta, com dois parados e um no conserto, o que pode ter prejudicado o serviço em alguns bairros. Nesta quarta-feira (8), os trabalhadores se mobilizam paralisando o serviço novamente, pressionando para que a Cleanmax faça os pagamentos referentes à rescisão contratual.

Segundo Ana Laura, responsável pelo Sindicato, a prefeitura tem corresponsabilidade em situações como essas, já que contratou os serviços das terceirizadas e, portanto, deve fiscalizá-las. Para o vereador Leandro Sartori, “o que temos visto são os efeitos da privatização de serviços básicos. É preciso começar a debater a remunicipalização da coleta de lixo, considerando que, sempre que os contratos com essas terceirizadas acabam, a população e os trabalhadores sofrem, sem saber exatamente com quem reclamar”. Além disso, ele afirma apoiar as mobilizações dos coletores, que “devem ter condições dignas de trabalho e seus direitos garantidos”. 

Por sua vez, a prefeitura afirma já ter efetuado todos os pagamentos necessários à Cleanmax e estar cobrando-a para que regularize a situação da rescisão contratual com os coletores.